Nós estamos sempre à procura de um milagre. Aquele milagre “abracadabra”. Nós amamos os populistas que prometem milagres. E a gente acredita. Então, votamos nas eleições num candidato por vários fatores. A simpatia dele. O sorriso. O abraço que ele dá numa criança pobre. Por tantas outras reações, puramente, emocionais.
Elegemos. E ficamos esperando o milagre, o estalo de dedos, para que a nossa vida melhore. Que o salário aumente. O emprego chegue rápido. Que a indústria prospere. A desigualdade reduza. A economia avance a galope. Que tenhamos paz.
No entanto, para que tudo isto aconteça, há necessidade imperiosa de novos propósitos. Um deles é o de se criar vergonha na cara. O segundo – o de fazer o que deve ser feito. O terceiro que se faça primeiro, como base, como lastro geral, investimento de Estado na educação básica e profissional.
Que se leve para os pobres as coisas boas. Como escolas boas. Bibliotecas boas. Esporte e cultura para todos. Além de se encarar o grande drama urbano – o do transporte coletivo. Estes são os caminhos. E ponto final.