Qualquer lugar do mundo que se visite tem lanchonete, tem café, tem franquia de cafés finos, chocolates e de misturas dos dois. Se o mundo consome, se o homem gosta, nos resta é produzir cada vez mais, tanto um, quanto o outro.
Rondônia errou muito nos dois plantios. Milhares de hectares de cafezais e cacauais foram destruídos (cortados) para o plantio de pastagens. Muita coisa veio pelo medo da epidemia da “vassoura de bruxa” que dizimou roças de cacau da Bahia, do Pará e de Rondônia. Já fomos maiores produtores de café do que hoje em dia.
Quando fui Governador tratei de incentivar o plantio de café e de cacau. Peguei o Estado produzindo seiscentas mil sacas, e hoje a expectativa de safra será de dois milhões e trezentas mil sacas. Ainda bem abaixo dos meus sonhos, que seria, agora, produzirmos quatro (4) milhões de sacas.
O café é riqueza local. É dinheiro que corre na veia do Estado. Roda, roda e termina aumentando a receita dos municípios, aumentando a renda do pequeno produtor. É tiro seguro. O cacau (CEPLAC) está oferecendo clones tolerantes às doenças. Com altíssima produtividade.
O cacau deve virar mania estadual. Todo produtor grande, médio ou pequeno deve produzir cacau. Não precisa ser muito. Mas, que seja mania estadual de verdade. Fundos de quintal, pedaços de pastagens degradadas, cem, duzentas, mil, dez mil plantas, e por aí vai.
Assim, voltaremos a ser um grande produtor e exportador. E se avançarmos mais, poderemos industrializar o nosso cacau e café para sermos ricos. A nossa vocação é a terra. E ela, em se plantando, tudo dá.