A arte da desconstrução (IBAMA)

Para se construir qualquer coisa, obra ou imagem, demora muito tempo. Mas, para se jogar tudo por água abaixo, basta um passo em falso, um estalo de dedos, uma bobagem qualquer, ou ato premeditado por pessoa comum, e pior ainda, quando patrocinada por ato de governo.

O IBAMA sempre trabalhou com dificuldade. Sempre sofrendo acusações e ofensas, aqui e ali, de longe ou perto. Mas, nada igual acontecia, como se repete no atual governo. A megaoperação exemplar, muito bem executada por probos servidores da instituição, neste mês, no Estado do Pará, deveria ser aplaudida por todos os lados.

O primeiro – Da saúde pública (coronavírus não entrar nas aldeias) e proteção das comunidades indígenas ameaçadas por grileiros de terra, garimpeiros e desmatadores. A segunda – A de verdadeiramente coibir a invasão (estimulada hoje em dia) das áreas onde vivem nações exemplares, dos verdadeiros donos deste país, que são os índios.

Vi que, covardemente, foi exonerado o diretor desta operação – Olivaldi Borges Azevedo. Cai um funcionário cumpridor do seu dever. E devem ressurgir corajosamente, outros, sem nenhum medo de continuarem as ações de fiscalização contra invasores de terras indígenas.

Inconcebível. Inaceitável.

O respeito ao índio é o mesmo respeito a todos os brasileiros, de todos os tempos, por gratidão a tudo que tem suportado, nestes mais de quinhentos anos do Descobrimento do Brasil. Desde a sua escravização até o genocídio por balas ou por doenças. É preciso ter posição declarada, de não se deixar levar, porque ninguém sabe a verdade absoluta e querer impor o seu ponto de vista absoluto. Um erro. Nada melhor que ser democrata e aceitar o pensamento crítico.

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