O desmatamento ilegal de florestas nativas é um tapa na cara da nova ordem ambiental. As grilagens de terras públicas e UCs (Unidades de Conservação) agridem a humanidade inteira. Se o Brasil continuar “estimulando” estas práticas, não tardará a ser um pária inconfiável.
A água é importante? – é importante. O ar puro para se respirar é importante? – é importante sim. Poderia ficar fazendo perguntas aqui e encher a página. E ao final, dizer para vocês que as abelhas, peixes, aves, fungos, bactérias, animais – são importantes.
É bom ganhar dinheiro? É uma pergunta boba, porque todo mundo sabe que é importante. Só tem uma coisa, não a qualquer custo.
Eu creio que já tenha sido calculado, matematicamente, o valor de uma floresta em pé. Significa colocar o valor financeiro dela mantida. Sendo mais preciso, o valor de uma Unidade de Conservação, de uma Reserva Indígena, de um Parque Natural. Mas, a coisa está vindo forte pra cima dos desmatadores.
Nem falo aqui da Polícia Federal, IBAMA, ICMBio, eu falo das empresas, que cobradas pelos consumidores exigirão a origem certificada de muitos produtos, principalmente, soja, milho, boi gordo, madeira e mais e mais. E o cerco está fechando – e daqui a pouco, por força do mercado, o desmatamento será punido pelo bolso.
Quando se fala em mudanças climáticas – muitas atividades, grandes e pequenas, vão contribuindo para o aquecimento global – que já estamos sentindo na pele, com o ritmo alterado das chuvas, calor demais ou frio demais, extinção de espécies, contaminação do solo, pestilência e entra, aqui, o surgimento de vírus causadores de doenças graves.
O homem é um bicho torto. Que pensa que tudo na natureza foi guardado só para ele, agora, aproveitar. Não acredita que sua ação devastadora seja prejudicial a nada. E um crime puxa outros crimes. E o patrimônio de todos os brasileiros termina ficando para uns poucos espertos inconsequentes.