Não é coisa minha. Pouco que escreverei aqui veio de mim e no geral, vieram de opiniões alheias. Sobre o Brasil, que vem há tantos anos querendo ir pra frente. Tem a fala. Tem a vontade. Tem o conhecimento. No entanto, décadas e mais décadas perdidas. O que é uma pena. Verdadeira catástrofe.
Já que todo mundo sabe o que tem a fazer, e, por que não acontece?
O óbvio que tanto desejamos. Todos desejamos. E vai chegando, como disse a senadora Kátia Abreu: – chega, chega, chega, perto, perto, perto. Quando a gente pensa que tudo vai dar certo, parece que tem uma força negativa, forte, que puxa para trás. Um cabresto. Um freio.
As reformas são clamadas por todos. Necessidade mesmo. Mas, cadê? Li dias atrás, fiquei impressionado com a verdade, que temos vários governos e vários poderes. Há os que são visíveis. Estes que conhecemos, na forma da lei. Há aqueles que tem parte visível e parte submersa. Como casco de navio. Normalmente, este poder que não aparece totalmente, vem dos setores influentes, como no Império os donos de escravos e os senhores das terras. Hoje, são as grandes empresas, bancos que têm ramificações fortes e controlam quase tudo que possa ferir seus interesses.
E tem o governo invisível – que por mais que não se queira falar, ele existe e tem um poder incrível – que são os traficantes, contrabandistas, as milícias, os sonegadores de impostos e todos os demais grupos que transitam no submundo do crime e do jogo. O poder invisível tem força.
Acho que aí está a razão de sempre se chegar perto, perto, perto – mas, muito pouco acontece. Enquanto há um cano grosso que canaliza a riqueza para quem já tem muito. Quem tem muito, sempre terá muito e mais, quem tem pouco, nunca terá ou atravessará pantanais, a duras penas, para chegar do outro lado. E este outro lado, poderia acontecer, só com um indispensável bem – que é a educação de qualidade para todos.
Por isto, teremos que enfrentar os diversos governos, os visíveis e os invisíveis.