Ouvi dizer que as páginas dos jornais mais lidas são as de horóscopos e das fofocas. De certa forma deve ter motivos de sobra para as pessoas ficarem atrás da vida alheia, principalmente, dos artistas famosos, jogadores de futebol e políticos. Há um verdadeiro encanto em tudo isto. As redes sociais vão a loucura com as fofocas. Tem gente que fica rica da noite para o dia, com estas engrenagens que prendem seus públicos.
Além da fuxicaria que a política tem necessidade de vida e morte. Outra “desqualidade” que percebi foi a de prestar atenção às conversas das pessoas ao lado. Se tivesse jeito gravaria o que se fala nas caminhadas, nas mesas dos bares, nas festas. Quem já teve o prazer de ouvir ou assistir a uma briga de marido e mulher, tem autoridade para cunhar homem e mulher de bichos irracionais.
Com esta “desvirtude” me peguei de surpresa em Pirenópolis (GO) num restaurante, outubro de 22, grudado os ouvidos na fala, mesa ao lado cheia de jovens do interior de Goiás, naquele embalo de alegria, sorrisos, como não poderia faltar as opiniões divergentes sobre Lula e Bolsonaro, segundo turno da campanha para Presidente). Achei tudo aqui fantástico e maravilhoso. Conclui que sou também um consumidor de fofocas.
Pude observar a importância do ócio e não se ter nada de sério para fazer, bocas cheias de sorrisos, como se não houvesse mundo lá fora. Ouvir os debates sobre a diversidade, a qualidade de ouvir o outro e a urgente necessidade de se criar, um novo cargo na República, se é que já não exista, o de Alcoviteiro Mor da República Federativa, sempre com antenas bem ligadas. Se ainda não houver este cargo, proporei a urgência e relevância, como é o indispensável o Gabinete do Ódio, Serviço de Arapongagem, Fake News oficial ou extraoficialmente, acho que o fofoqueiro já nasce pronto