Eu falei, em dezembro de 2020, que pararia com a minha série “SALTO NO ESCURO (uma história da pandemia COVID-19). Havia parado no capítulo 42. Quando a vacina chegasse, escreveria mais alguns capítulos. Pois bem, estou aqui de regresso.
Neste período, isolado em Brasília, peguei um talhão de uma alameda, pertinho do prédio em que resido e me transformei em jardineiro e produtor de frutos dos trópicos. Comprei mudas enxertadas, abri (com ajuda do Leonardo) as covas e plantei.
Fui ampliando o trabalho, agora, diferente, com hortaliças no entremeio das covas – plantei abóbora, maxixe e quiabo. Está chovendo, as plantas viçosas e crescendo. Não há de demorar terei limão siciliano, goiaba, manga, abacate, açaí.
Eu queria mesmo, era mudar o rumo das conversas. Sair do tema pandemia para o da produção. Encher o dia, além do corpo doído das caminhadas longas, aulas de musculação. E vou tocando a vida. Deixei de assistir aos telejornais. Leio dois jornais por dia. Correndo com os livros que estavam estocados.
E vou criando coisas, inventando moda, enquanto aguardo por outras notícias, fora das mortes, estatísticas de casos novos. De qualquer maneira, já temos uma luz no fim do túnel – a vacina. A vacina é o nosso alento mais esperado, enquanto, estou ansioso, esperando por ela, com o braço oferecido para uma agulhada – que será abençoada.