Há no Brasil milhões de hectares de pastagens degradadas. É muito difícil dizer o número exato. Mesmo que seja uma variação de 50 a 100 milhões, já assusta. Pasto socado, compactado pela pata do boi. Pisoteado. Basta olhar um pasto cheio de cupinzeiros, as erosões de todos os tamanhos (voçorocas e ravinas). Isto mesmo, sítio, fazenda, chácara – improdutivos.
É caro recuperar. Dá trabalhar recuperar. É difícil recuperar. Mas, tem que se recuperar. Porque os prejuízos virão de todos os lados. Redução da atividade econômica. Danos ambientais incalculáveis. Desmatar morros é crime. Se foi desmatado pelos maus usos e costumes, o caminho é a mudança de comportamento. Plantar árvores. Usar o solo em curvas de nível. Ou vedar a área.
Dá para sair deste ciclo perverso. Enganoso. Basta que os municípios brasileiros sejam orientados. Usem os dados da situação de terras degradadas. E possa se tomar vários rumos. No dia 9 passado, o Globo Rural mostrou a viabilidade econômica, de se recuperar áreas degradadas e improdutivas, principalmente, nos terrenos acidentados, pedregosos.
O milagre acontece, o pequeno ou médio produtor rural só precisa de orientação, de convencimento, para a mudança radical. Sair do ruim para o bom. Do prejuízo ao lucro. E depois assistir o milagre da transformação. As águas retornando em antigas nascentes. Menos erosões. Menos assoreamento. Mais leite e carne. Além de frutíferas e criação de pequenos animais.
Dá para compor uma nova cesta de renda na pequena propriedade. A palavra de ordem é plantar árvores. Vedar a área e deixar a floresta regenerar por si mesma. Ou recuperar as áreas com plantios de leguminosas, apenas, nas áreas planas. E no geral, as boas práticas e o bom senso. A participação do poder público é indispensável para que este milagre aconteça.