A segurança pública deve retornar à clínica geral. De tal forma, que cada policial militar esteja preparado para atuar frente a qualquer ocorrência. Hoje, devido a especialização (todo mundo quer ser especialista em alguma coisa) e acaba negligenciando no básico e elementar. Fazer o simples.
Não se pode esquecer a essência da profissão, que é o de transmitir segurança aos cidadãos. E isto somente será possível, quando se está perto da comunidade, pois a proximidade dá esta sensação de segurança. O cidadão nada mais deseja, do que na hora de que necessitar, ligar, ser atendido com respeito e a guarnição chegar ao local da ocorrência rapidamente.
Claro que a especialidade é importante, BOPE, CHOQUE. Nada contra. Mas, o arroz com feijão da segurança pública é indispensável. E tem muito número para ligar na hora da aflição, 190, 193, 100, 180, quando bastaria, um só número.
É muita gente se metendo em fazer segurança pública. Termina que um entra na seara do outro. E termina que os gestores, percam tempo, administrando vaidades do que discutindo ações concretas na resolução dos problemas.
Em que pese a complexidade da violência, a solução é mais simples do que se imagina. Dez por cento é planejamento. Noventa por cento é suor.
Autor: Coronel Vilson Sales (ex-secretário do Meio Ambiente de Rondônia)