O SENAI de Ariquemes tem o nome de José Francisco de Moura, o inesquecível J. Moura. Homem extraordinário, trabalhador a exaustão, curioso, pouco letrado, mas pilotava avião. Foi um dos pioneiros da cidade. Homenagem justa.
Estou com o coração partido, ou quase partido. O Senai na cidade de Ariquemes, prédio lindo, equipamentos de última geração, mas ocioso (quando não poderia estar ocioso), faltando alunos (quando sobram jovens para se profissionalizar), poucas parcerias. Indiferença de muitos.
No último curso técnico industrial, dos 41 alunos, 39 estão empregados! E os empresários pedindo mais gente qualificada. Tem oficinas na área de automação industrial, mecânica de motos, área de eletricidade, tecnologias da informação, técnicos em segurança do trabalho, eletrotécnicos, redes, placas solares, drones, máquinas agrícolas, refrigeração residencial e preparação para manutenção de máquinas nas áreas de vestuário, mineração e alimentos.
Lógico que aqueles cursos do PRONATEC, que foi um mutirão nacional, cujo resultado ainda não foi medido, deixaram os jovens, de certa forma, viciados, porque, além de serem gratuitos, os alunos recebiam um dinheirinho extra para estudar. O PRONATEC não foi sustentável. Prova disso é que foi encerrado.
Querem que o SENAI ofereça tudo de graça. E não tem jeito. Tem custos fixos. Creio que o Governo do Estado e a Prefeitura de Ariquemes podem ser parceiros importantes. O IDEP (Instituto de desenvolvimento educação profissional) pode bater metas usando a poderosa estrutura do Senai.