A pandemia não irá mudar nada. Quem era bom continuará bom. Quem era ruim ficará ainda pior. Nem pense que depois da pandemia virá “o novo normal”. Porque não há novo normal. Haverá sim o reencontro aos velhos hábitos.
Você acha, meu amigo, que a educação irá emergir das cinzas e subir aos céus? Assim, sem uma vontade política, um desejo coletivo, um interesse em formar uma geração melhor? Só por causa da pandemia? Tire o cavalinho da chuva. Infelizmente, esse não é projeto de governo que esteja na pauta, em lugar nenhum. Vamos ficar por aí, ciscando com galinha choca, atrás de ensino híbrido, essas coisas, palavras que ninguém nem sabe o que significa, enquanto a pobreza está de costas viradas para esta realidade. Ensino híbrido!!
Não é que me bateu o pessimismo. É simplesmente o encontro com a realidade. Muito triste a de ficar falando, fazendo discurso, bradando no deserto, enquanto as crianças estão fora da escola e sem nenhuma data determinada para o retorno. Mesmo com a educação ruim que já temos, e sempre tivemos, agora está muito pior.
É o salve-se quem puder. Infelizmente. Avante!! Estado do Ceará, com suas boas práticas. Quem quiser que vá lá e copie e vá tocando em seu município a necessária salvação de que o povo brasileiro necessita. O pessimismo histórico sempre acompanhou a história do Brasil, como uma maldição. Chegou a hora de, pelo menos, sabermos escolher um líder verdadeiro, que seja malmente um estadista.
Pedro Hallal mostrou em artigo que o negacionismo mata. E provou com dados estatísticos. Sônia Abraão disse a mesma coisa, com outras palavras. Me conforta a música e arte que, no isolado da vida, tiram inspirações do medo para animar nossas vidas.
E vamos seguindo. Falando sempre. Teimando sempre. Birrando todo dia. Encrencando. Para pelo menos deixar registrado, no fundo morto de um computador, uma indignação represada. Ermo é o dia de se palmilhar passo a passo. Ermo é o olhar no desvão dos absurdos. Enquanto seguimos por aqui um rumo que pode ser chamado de destino.