Como no futebol, a política é feita de titulares e reservas, do peso da camisa e da força da torcida
O ano de 2024 já nasce nos desafiando, exigindo de nós cuidados e reflexões nas escolhas que faremos. Os últimos anos provaram que não estamos isentos ou imunes à política. O que é decidido e encaminhado na política nos atinge diretamente, seja no emprego, no salário, nos preços das coisas, nas praças, nas ruas, nos transportes, na segurança.
Com tanto impacto da política em nossas vidas, já não é mais sensato dizer que que não nos interessamos pela política. Ou participamos do jogo ou jogam por nós.
Neste ano, seremos chamados a escolher os(as) nossos(as) prefeitos(as) e vereadores(as), os políticos mais próximos a nós, os(as) que encontramos pelas ruas, sabemos onde estão e o que fazem – e aos quais, claro, pagamos salários.
Se participamos do jogo, é legitimo que busquemos a vitória. Para isso, uma boa preparação exige conhecermos todos que entrarão em campo, os do nosso time e os adversários. Quanto mais conhecermos todos os jogadores, mais equilibrado será o jogo.
Como na “janela de transferência” do futebol, as eleições de 2024 nos permitirão mudar ou não os atuais ocupantes das posições no jogo. Também como no futebol, haverão diferenças entre os jogadores disponíveis, em que alguns valem o que pedem, outros são superfaturados e existem aqueles que buscarão soluções criativas, baratas e eficientes.
Daqui a 3, 4 meses conheceremos quem estarão no “mercado” das eleições. Pelo que leio nos bastidores, com informações dos “setoristas” que cobrem os times, digo, partidos, não serão muitos e, dentre estes, nenhuma surpresa.
Prevejo dois times fortes, com camisas pesadas e estruturas gigantescas. Neste sentido, os nomes dos “capitães” pouco importam, uma vez que serão conduzidos pela “massa” que os seguem. O que fará a diferença entre eles será o “banco de reserva”, com predominância do “jogador” nº 12. Ou seja, as maiores chances de vitória estarão do lado de quem ousar inovar na “escalação” do “banco de reserva”.
No mais, o que se espera é que o jogo seja jogado na bola, com lealdade, e que o vencedor seja aquele que errar menos e for mais eficiente nas “finalizações”. Estas não serão muitas, eu creio, pois as defesas são fortes e os dois “goleiros” parecem estar em boa fase.
Aos que torcem para que o resultado lhe favoreça, cabe tentar influenciar nas estratégias de um lado e outro, na busca de sofrer menos durante o jogo e menos ainda por ficar fora do “campeonato” por quatro longos anos.