Fiquei admirado com os enredos das escolas de samba deste ano. Parece que tudo foi combinado entre elas. Mas não foi. Foi por necessidade mesmo, que muitas escolas de São Paulo e Rio de Janeiro dedicassem a fazer justiça ao nosso povo negro. Principalmente às suas crenças, seus heróis da resistência, quilombos e lutas. Foi muito justo e bonito.
Depois de ser escravizados, trabalharem debaixo do açoite, gerarem a riqueza para os senhores proprietários de terras e todo tipo de submissão – os negros, brancos e mestiços reconhecem a importância do povo negro em nossa formação.
Temos a negritude em nosso sangue. Temos os seus costumes, os temperos, a musicalidade e a arte. Só ainda não ofertamos a eles as mesmas oportunidades. O racismo ainda campeia em nossas atitudes diárias. Uma falta de respeito do tamanho do céu. Os enredos das escolas de samba fizeram justiça.