Desde que pus o pé na política, escuto a mesma coisa: a necessidade de regularização fundiária no Brasil. Especialmente na Amazônia. O tempo tem passado. Leis e mais leis, uma modificando a outra, como se lei resolvesse o fato concreto. O de levar o documento, a escritura para quem mora e produz na propriedade. Principalmente, os pequenos proprietários, extrativistas, quilombolas e ribeirinhos.
Nada acontece. Não por falta de leis. E aqui no Congresso tem projetos sobre projetos. Batendo chifre. A realidade é completamente outra. É o desmonte do INCRA. A falta de dinheiro do Governo para encarar a dura realidade. O judiciário está empanturrado de ações por direitos legítimos. E a ausência de vontade política de resolver a gravíssima situação.
Enquanto não se tem a bendita vontade política, nem a de se colocar como prioridade a solução e ilegalidade de estar na torre há muitos anos, cria-se uma brecha para as invasões de terras públicas, de unidades de conservação e o desmatamento campeia livre e solto.
Dá a entender que a pobreza rural não tem vez mesmo. Até parece uma condenação. É o Brasil virando as costas para a agricultura familiar e as boas e necessárias condições para se aumentar ainda mais a produção de alimentos para o nosso povo.