O homem que lê, vale mais. Esse é um princípio básico. Quem lê tem facilidade para escrever, facilidade para entender, facilidade para progredir. A leitura realmente abre oportunidades. Um escritor sério pesquisa por muitos anos para escrever um livro, e você, ao ler o livro dele, aproveita a experiência que ele teve de estudar, de entender. Você pega a coisa pronta e o seu mundo se abre. Os livros são realmente uma fonte insubstituível de conhecimento.
Com a internet, programas e aplicativos interessantes, curtos, muito bem controlados por algoritmos, estão fazendo com que a população fique controlada pelos megacomputadores, num vício em leituras que não levam ninguém a lugar nenhum.
Você sorri na hora com recadinhos no Instagram, no Facebook; vê fotos, vídeos, e passa o dia se enganando com essas coisas como se fossem um entretenimento, mas que absorvem tempo, e são ainda mais perigosos para as crianças.
É indispensável que nas escolas a gente retorne a si, que os professores voltem a recomendar os livros, os poetas, a história, as biografias importantes, a literatura clássica, ou mesmo livros mais recentes, romances, documentários. Todos eles são importantes. Então, esse é meu ponto de vista.
Eu me lembro que, quando fui prefeito de Ariquemes, eu tinha tanta vontade que o pessoal lesse, que criei um programa chamado “A Cuia do Livro”. Era uma carriola com 150 livros e revistas. Acho que fiz umas quatro ou cinco carriolas dessas e colocava numa rua, e os moradores pegavam os livros, liam e depois devolviam. Ficava sempre um morador encarregado pela Cuia do Livro.
E assim nós fizemos muitas bibliotecas em Rondônia, em muitos municípios. Quando deputado federal, sempre tive esse apego aos livros, porque acho isso extremamente importante para a sedimentação do conhecimento sólido.