SUDAM e a nova realidade

SUDAM e a nova realidade

SUDAM – Superintendência de desenvolvimento da Amazônia), foi criada em 1966 com a inspiração da SUDENE (Nordeste), fundada por JK (Juscelino Kubitschek) em 1959. Os objetivos delas foram nobres, promover o desenvolvimento das regiões mais pobres do país e combater as desigualdades regionais.

A SUDAM foi se definhando no tempo. Hoje em dia, tem um prédio no centro de Belém do Pará, faz de quando em vez, reunião do Conselho Deliberativo para aprovar alguns projetos. Funcionários envelhecidos sabem o que fazer, mas, nada podem, além das boas intenções. Nada da SUDAM existe em outros Estados. É como se ela não existisse na prática.
Já ouvi no passado alguém dizer: nós não precisamos de SUDAM, mas, da SUCAM. Porque a SUCAM (Superintendência de Campanhas de Saúde Pública) tinha efetividade, rodava áreas rurais e urbanas, sem exceção, para controle da malária, dengue, leishmaniose, Chagas…).

A SUDAM, não. É centralizada. Perdida. Morta-viva. A cada governo que passa ela se afunda ainda mais. O que é uma pena. Eu tive uma conversa, dias atrás, com o atual Ministro do Desenvolvimento Regional, Valdez Góes e indaguei a ele – se havia algum plano para mudar a SUDAM, de tal forma que ela fosse vista e influente na Amazônia. Ele me pediu para dar sugestões.

Se ela não tem recursos, poderia ao menos, ajudar os governadores da Amazônia, através do Consórcio existente, para debater a sua utilidade. Deixar de pensar em megaprojetos que fez dela um dispensário de experiências e fracassos com seus modelos megalomaníacos. E ajudar a região a se estabelecer como um novo modelo de desenvolvimento que tenha o desenvolvimento local como prioridade, educação das comunidades como foco, descentralização de suas ações.

Em Rondônia não tem nada de SUDAM. Nem um singelo escritório. Ela faz um bate-bola com o BASA (Banco da Amazônia) que poderia, com ela, trabalhar o microcrédito produtivo solidário para os pequenos, focar na bioeconomia como ponto alto, só financiar com a contrapartida de preservação ambiental e dizer que na Amazônia há um projeto que vise a atender às populações locais deserdadas de tudo.
A SUCAM não existe mais. O que é uma pena. A SUDAM existe, mas, não existe.

Deixar um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.