Andes

Andes

15 de junho de 2015

Por certo nada que existe aqui, nesta cordilheira, existiu por aqui em milhões anos desconhecidos

Claro que as coisas da natureza têm suas próprias necessidades de acontecer

Assim como temos necessidades do movimento, mesmos os simples, como piscar os olhos.

Nos mares e camadas profundas da terra há milagres em celebração acontecendo sempre. E milagres são milagres, portanto, inesperados e de efeitos imprevistos. Por que não conceder aos milagres as honras dos revolucionários?

E quando nas profundezas, onde terrível reação acontece e se expressa à superfície, na sua forma de uma drenagem de gigantesco abscesso, ou de tremores ou tempestades, tudo aqui fora se modifica e reage.

A Cordilheira dos Andes veio desta revolução e repare o que é hoje? A região sempre se deixou ficar assim, como deveria ser e é, com imenso respeito, para não se expor as coisas comuns das planícies.

E se ela é assim tão inóspita ao homem é porque sabe que o homem é destrutivo com seu canhão econômico.

Os Andes não se vulgariza e se antepõe em majestade, como se fosse imenso gigante, dividindo os oceanos, como utopias divinas, quem sabe, um repouso de almas engolidas por este gigantesco crocodilo de pedras e gelos.

Estou agora com asas abertas como um condor voando sobre os seus píncaros. E quando morrer de amor quero tirar minhas eternas férias sendo Cordilheira.

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