O Momento Brasileiro

O Momento Brasileiro

Nós sempre pensamos e falamos que o Brasil é o país do futuro, mas esse futuro está sempre indefinido. A gente não sabe quando será esse Brasil próspero do futuro. Nós ficamos sempre falando – eu acredito, eu tenho esperança no futuro do Brasil. Mas eu digo sempre pra mim mesmo que o futuro do Brasil é agora, é o que está aqui diante de nós neste exato momento.

Não é fácil, hoje, a gente falar em um Brasil diferente no futuro, porque temos tantas dificuldades, tantos problemas na área de segurança pública dominada pelo crime organizado. Nós temos uma segregação entre pobres e ricos, com um distanciamento ainda muito comparável ao do século 19 do período da escravatura, com poucas nuances de modernização.

No entanto, estamos nos esquecendo de realmente enfrentar o presente. O presente do Brasil com suas políticas sérias, com suas políticas de médio e longo prazos. Uma delas é o enfrentamento da disparidade educacional, do nosso fracasso, colapso educacional, visível, reconhecido e vergonhoso. Precisamos realmente atacar esse drama. Não é justo perdermos nossos jovens de 13 aos 17 anos pela desilusão.

Não é justo deixarmos de abrir oportunidades para o mercado internacional, de transformar o Brasil num país leve, desburocratizado, competitivo, capaz de inovar e produzir, diante das tantas excepcionalidades que temos. Uma delas é o agronegócio inteligente, que faz bonito e é muito inovador, criativo, revolucionário. Isso é importante. Precisamos realmente entender e promover o patrimônio ambiental que temos.

Há um deslumbramento por parte de muitos grupos perniciosos no Brasil que, de certa forma transgressora, sub-reptícia, e até criminosa, tratam a ocupação de espaços de unidades de conservação, tais como o que ocorre em reservas indígenas e em áreas patrimoniais, como se deles fossem.

Nós precisamos regularizar o Brasil. Nós precisamos entrar nas favelas, levar as coisas bonitas aos pobres, levar as melhores escolas para os morros, para os bairros periféricos. Temos uma dívida, que eu chamo de vergonhosa, que é o transporte coletivo metropolitano. Não é justo que nós estigmatizemos as nossas populações mais pobres num transporte nefasto, horroroso, cruel, onde as pessoas demoram de três a quatro horas dentro de um ônibus, em péssimas condições, desqualificados, e em pé.

Precisamos de muita coisa, e temos que começar agora. O Brasil do futuro é agora. O Brasil do futuro é este momento exato. Fazer a coisa certa e não repetir os erros do passado.

 

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