Nayara e Rafaela (eleitas vereadoras)

Nayara deve estar com 19 anos. Foi eleita em Buritis-RO. Ano passado esteve aqui no Senado, representando o Estado o Rondônia, como Jovem Senadora. Primeiro lugar num concurso estadual de redação. Eu a recebi aqui em Brasília. Fiquei muito orgulhoso. E não é que a menina ganha a eleição para vereadora. Ela está numa animação incrível. Ela deseja trabalhar pela educação, vigiar os ônibus escolares, o desempenho do município no aprendizado. E me disse que irá lutar para que ninguém passe fome em Buritis.

Rafaela do Batista – Ariquemes, mora na área rural, secretária escolar, na Escola Jorge Luiz Moulaz. Batista, seu pai, é pioneiro. Querido. Muito conhecido na Cajazeira e na cidade. Saiu candidata, família grande. Eu fiquei muito feliz com a vitória dela. Vai representar o agricultor familiar, a melhoria da educação e o combate à desigualdade. Seu “slogan”– no campo e na cidade menos desigualdade. E foco na educação.

Domingo, às 10 horas, falei pelo Zap com Rafaela, pela “Câmera”. Ela sentada na mesa da sua casa. O pai ao lado (o Batista), apareceu na tela, acenou com a mão. Somos amigos, gosto dele. E ficou ali ouvindo nossa conversa de mais de 40 minutos. Gostei dela. Vi-a crescer por ali, na área rural, Cajazeira. Ficou uma moça inteligente. E agora vereadora de Ariquemes. Ela me encheu de orgulho.

Às 11h foi a vez da Nayara. Ela sozinha, sentada à mesa, com caneta e papel à mão, fomos nos soltando. Eu falava daqui, olhando para ela, ela olhando para mim, no Zap, bem compenetrada, com certa aflição, pelo imenso desafio de ser uma boa vereadora. Ela tem o vigor da juventude, que há de abrir portas.

Eu disse para as duas: – o que começa certo, termina certo. E que ninguém sabe nada. Mas teremos que ter uma vontade imensa de acertar. O Brasil está abalado economicamente e socialmente, mas é justamente nessa hora que surgem os líderes verdadeiros.

Boa sorte, minhas meninas, muito orgulho de vocês.

E não quero que elas entrem, progressivamente, no clima de camaradagem e dizer aqui e ali: – o que adianta eu ficar sozinha, malhando em ferro frio. Adianta sim. Quero que vocês sejam os olhos abertos na madrugada.

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