O futebol foi sempre nossa alegria coletiva máxima ao longo dos anos. Acostumamos com as vitórias do Brasil nas copas do mundo, cinco vezes campeão mundial. Para nós era um orgulho fantástico. A gente enchia o peito como se o Brasil fosse a nação número um do planeta. Significava um país orgulhoso. Mas o futebol escondia nossas mazelas, nossas desigualdades sociais.
Há alguns anos temos visto gradativamente o futebol da nossa seleção minguando. Pela falta de bons atletas, goleadores, de nomes consagrados, puxadores, líderes dentro de campo. Sem um líder, o time não se encontra. É preciso que realmente tenha aquele atleta, aquela figuraça que represente poder sobre os demais, que coloque respeito no time.
Não vou comparar atletas da seleção dos anos 50, 60, 70, tantas vezes aclamados, glorificados, aplaudidos. Mas a gente verifica que hoje em dia, quando vem a escalação brasileira, não se conhece praticamente nenhum jogador. A maioria mora no exterior. Muitos, às vezes, já estão crescendo em país estrangeiro, e assim vai.
Temos visto esses descaminhos da nossa seleção brasileira. Ora culpam o técnico, ora culpam um, ora culpam outro, mas é o conjunto. Estão faltando os grandes nomes, faltando o grande goleiro, o zagueiro, o armador, o goleador, aquela pessoa que recebe a bola e dá um jeito.
Estou vendo aí o Brasil se debruçando para se classificar para a Copa do Mundo de 2026. Isso vai esmorecendo. Tem muita gente até acreditando que o Brasil não vai se classificar. É uma pena, uma lástima. Mas a gente precisa do encantamento.
Nosso País é pobre. É um país de profunda desigualdade. O futebol nos iguala. O futebol é como o Carnaval, que põe todo mundo igual na rua. Todo mundo eufórico, vibrando, todo mundo de verde e amarelo. É realmente encantador.
A seleção precisa sentar-se num divã com psicólogos e psiquiatras, para que possa melhorar a saúde mental dos atletas. Melhorar o comportamento dos atletas para que, com isso, consigam alegrar essa massa do povo brasileiro que está sedenta de um bom desempenho.