Em Rondônia, o futuro da América – Parte 2

Em Rondônia, o futuro da América – Parte 2

A localização geográfica do estado de Rondônia no Hemisfério Sul – parte integrante do chamado Sul Global – é uma vantagem comparativa que precisamos potencializar. Esta possibilidade era impensável há 20, 30 anos atrás. Isto foi possível em função dos investimentos realizados em infraestrutura no território nacional, na modernização e vigor do setor agropecuário e com o avanço do desenvolvimento tecnológico, a internet em particular.

Com estas variáveis – localização geográfica quase central nas Américas, melhoria tecnológica da produção, contínua melhoria na estrutura logística e atuação protagonista dos agentes políticos em nível federal – é razoável pensarmos em um mercado com 426 milhões de pessoas absolutamente acessível à influência do que ocorre ou é produzido em Rondônia.

Para isso, é necessário que os governos estadual e federal combinem esforços no sentido de transformar Porto Velho em um ponto de convergência (hub) de produtos, serviços, tecnologias, recursos humanos, investimentos organizados e planejados de modo a operar as mais variadas demandas originadas em cada um dos países que compõem a região.

A isto se soma a pujança econômica vivenciada pelo estado nos últimos 20 anos, puxada pela produção de grãos, carne bovina, leite, pescado e café. Os investimentos em infraestrutura projetados para os próximos anos garantem condições para que o estado seja o grande beneficiário do boom econômico futuro próximo na região. Para ilustrar, vejam os dados das exportações do estado referentes a dezembro de 2023:

Fonte: SePOG-RO – Boletim Observatório do Desenvolvimento Regional – Dez 2023

O resultado do Produto Interno Bruto (PIB) divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de mais 2,9% em 2023, teve forte contribuição do agro, que cresceu 15,1% de 2022 para 2023 (IBGE, 2024). Estes indicadores sugerem que o setor continuará a se expandir, o que nos permite projetar que o espaço que buscamos para Rondônia é viável, longevo e possível.

Ora, se o estado está em localização privilegiada, possui capacidade produtiva instalada, reúne condições estruturais suficientes (estradas, portos, aeroportos), está incluso em programas de investimentos públicos e dispõe de apoio político na esfera federal, é natural que pleiteie protagonizar o processo de desenvolvimento que decorre de tudo isso – se não o fizer, será caudatário do mesmo e ficará subordinado aos interesses alheios.

É claro que as possibilidades que tratarei aqui terão o setor do agro como polo central das estratégias, mas a ele se juntarão outros elementos que, combinados, lhes agregarão valor e lhes acrescentarão a competitividade duradoura necessária à acumulação de riquezas ao povo rondoniense. Aproveitar e potencializar as oportunidades que o momento histórico oferece é o que de fato importa. Convoco todos ao debate.

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